Baruch Spinoza

O polidor de lentes.

Estátua dele fica em Haia, cidade próxima a Amsterdam
 que está o quadro dos brincos de pérola.

Era incomodo para ele o fato das pessoas se comportarem moralmente por conta da religião.
Ele se preocupava com a nossa condição de submisso, com nosso medo, com a esperança desenfreada em coisas que não podemos controlar.
A falta de conhecimento do ser humano do seu mundo faz com que ele crie medos e crie explicações necessárias, que são compensações para isso. 
Ele queria entender se o homem tinha alguma condição de ser livre.
Deus não é uma entidade transcendente separado do nosso mundo.
Espinoza vai contra Descartes e diz que não existem duas substâncias, apenas existe uma: Deus.
Deus é o todo, é natureza produtora.
O todo, a natureza, a substância, é Deus.

Deus e infinito, nós seres humanos só conseguimos aprender dois desses atributos, o pensamento e a extensão. Nós somos modos dessa substância, somos manifestação desse todo em modo humano.
Ele rompe com a ideia de um Deus transcendente e a natureza passa a ser o todo e nós uma modalidade desse todo.
A nossa vida no mundo é o encontro dos nossos corpos com outros corpos. Quanto um corpo se relaciona com o outro ele afeta o outro corpo, ou seja, causa algum efeito. Através disso os corpos se modificam. A minha vida é produzida pelo encontro com outros corpos.

Nós somos ação e paixão: ação eu consigo produzir pela minha vontade, paixão é aquilo que vem de fora de mim.

Eu não sou, então, construtor da minha vida sozinho, porque não é só ação, tem paixão também.

Aquilo que me faz feliz ou triste vem do encontro entre os corpos, pode existir algo que em si seja o bem, o mal, o saboroso, o alegre, já que a nossa vida é marcada pelo encontro fortuito, bem sucedido ou mal sucedido com outros corpos? Não.
Existe aquilo que é bom naquele encontro de corpos, e aquilo que é ruim.
Ele rompe com verdades do tipo absolutas como o que é o bem e o mal, tudo depende do encontro de corpos.

É possível ao homem ter alguma liberdade?

Temos três gêneros de conhecimento possíveis em nós seres humanos, nem todo mundo alcançará. O conhecimento mais imediato é a consciência rasa, isso é se dar conta daquilo que o encontro te causou.
O ser da consciência não é livre, ele apenas dá conta de alguma coisa que está acontecendo imediatamente, sensivelmente com ele. Aqui ele sente, percebe.
O segundo gênero é a razão, o homem tem um afeto nesse encontro de corpos e isso fica marcado em nós como consciência, o homem pode se dedicar a entender esse tipo de vida que está acontecendo com ele a partir desse encontro. Aqui ele explica.
Ele também não é livre, porque ele não consegue construir a sua natureza. Deus é o único ser livre porque ele consegue construir a natureza.
Ciência intuitiva, possibilidade humana de criar alguma coisa nova para sua vida, inventar uma vida diferente dessa que eu tenho. Posso querer encaixar nessa realidade uma forma de vida diferente. É o caminho da liberdade, é aquele que vai buscar um caminho diferente. Assim como a arte. Querermos ser causa da nossa natureza.
   
CONATUS: tendência que todo ser tem de perseverá nessa sua existência: Eu quero continuar vivendo. Encontros bons elevam meu conatos. Todo corpo enquanto está em si persevera na sua existência, as coisas serão bons ou ruins para mim a partir do momento em que esse conatos eleva.






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