Jean Jacques Rousseau

Contrato social: nós firmamos um contrato social para o Estado tenha o direito de administrar nossas vidas.

HOBBES
O Estado, Leviatã, é um grande corpo onde todos nós estamos que serve para nós como proteção, garantia de paz e segurança.
Leviatã é um monstro previsto na bíblia.

LOCKE
Deus deu a terra ao homem para usufruir da riqueza do mundo, o Estado existe para garantir que aquilo que o homem consegue conquistar será dele e não será tomado dele. Estado existe para garantir a propriedade privada. Ele está garantindo os interesses da burguesia.

      ROUSSEAU


Nasceu em Genebra, mas viveu por muito tempo na França.
Embora ele não seja o primeiro a falar que a sociedade se estabelece por um pacto ele é quem faz esse termo ficar conhecido.
Rousseau critica o Hobbes, Hobbes imaginou as pessoas já socializadas sem sociedade, ai é claro que aquilo que o estado de natureza seria uma batalha, para Hobbes os seres humanos seriam hostis. Rousseau diz que no estado de natureza as pessoas não são nem boas nem ruins, o ser humano no estado de natureza ele é como um animal, ele satisfaz as vontades do corpo, ele não é nem hostil nem inclinado a formar uma sociedade.Ele é amoral.
Rousseau também discorda de Locke, que dizia que os seres humanos tendem a cooperar uns com os outros e são inclinados a formarem sociedades.
Para o Rousseau o ser humano não é propenso em formar civilização nem é avesso a isso.
O contrato social divide o estado de natureza do estado cívico.
O estado de natureza para Rousseau é uma condição primitiva, não é bom nem ruim, mas é abandonado porque as pessoas começam a entender o benefício da cooperação.
É muito difícil construir uma ponte sozinho, é muito difícil plantar sua própria comida todo dia, caçar um bicho, tirar o leite da vaca.
A medida que a sociedade se desenvolve precisam-se de leis para regular a propriedade privada e a divisão de trabalho.
Nessa fase em que a sociedade começa a interagir os indivíduos estão cada vez mais dependentes um dos outros e, ao mesmo tempo, estão em constante competição, em permanente conflito. Ai que entra a ideia do Hobbes, ele imaginou que as coisas começassem aqui, mas o ser humano não competiu desde sempre, isso foi algo que as sociedade decadentes fizeram com o ser humano.
A ideia do Rousseau, o referencial teórico, é recomeçar a sociedade desde o início, reformular esse contrato de forma que a sociedade se torne mais justa.
Quando os homens se unem na sociedade civil por meio de um contrato social e abandonam as reivindicações do direito natural, eles podem obter, ao mesmo tempo, a autopreservação e a liberdade.
Isso seria possível através da submissão do indivíduo à vontade geral do povo como um todo, o que garantiria que os indivíduos não fossem submetidos à vontade de outros e asseguraria que obedecessem a si mesmo, por seriam, coletivamente, autores da lei.

III – A vontade geral pode errar: Resulta do precedente que a vontade geral é sempre reta e tende sempre para a utilidade pública; mas não significa que as deliberações do povo tenham sempre a mesma retitude. Quer-se sempre o próprio bem, porém nem sempre se o vê: nunca se corrompe o povo, mas se o engana com freqüência, e é somente então que ele parece desejar o mal.  Há muitas vezes grande diferença entre a vontade de todos e a vontade geral: esta olha somente o interesse comum, a outra o interesse privado, e outra coisa não é senão a soma de vontades particulares; mas tirai dessas mesmas vontades as que em menor ou maior grau reciprocamente se destroem, e resta como soma das diferenças a vontade geral. 

A vontade do povo é uma coisa, a vontade geral é outra, a vontade do povo pode ser a soma de vontades particulares.
A vontade geral é consenso da maioria, não é unanimidade mas é preciso que todos os votos sejam contados.
Ele fala aqui de democracia direta, você não elegeria representante para falar por você.
As lei emanam da vontade geral do povo, por isso o povo é detentor da soberania.
A soberania é inalienável, porque a vontade geral não pode ser transmitida.
A soberania é indivisível, pois ou a vontade é geral ou não existe.
A soberania é infalível, pois sempre refletirá o bem público.
No entanto, as deliberações do povo nem sempre seguem a vontade geral.
Vontade geral depende de consultar todo mundo.

A proposta de Rousseau é a de reconstruir o social com base no natural. No estado de natureza nós éramos bons como os animais são, éramos iguais e felizes. A sociedade corrompeu o homem. É necessário libertá-lo do estado de sujeição e de privilégios, a fim de se estabelecer em contrato social legítimo.
Se isso é irrealizável, deve-se aproximar o estado de civismo ao estado natural.
Da lei natural deve vir a inspiração para a criação das leis do Estado.

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